domingo, 29 de abril de 2012

Todos Morremos Jovens









Arrisco minha alma
Testo minha vida.
Gasto meu tempo,
Numa longa partida.

A vida é isso.
Um grande jogo.
Que só paramos de jogar
Quando se está morto.

Deixo o rio fluir
Pelas minhas mãos calejadas.
Ouço o povo gritar
E me atacar com pedradas.

Meu estômago revira
Minha carne se rasga.
Como nós destruimos um sonho
Com somente uma tacada.

Eu vivi amedrontado.
E ainda estou.
Choro no silencio da noite,
Lembrando que nada restou.

Uma vez alguém me disse,
Que todos juntos seguiremos.
Mas a única certeza que tenho
É de que sozinhos morreremos.

Arrisquei minha alma.
Testei minha vida.
Num sentimento não correspondido
Perdi a partida.

Como um soldado
Que sempre recebe ordens.
Vivo minha vida com uma certeza:
Todos morremos jovens.

Deixei o rio fluir.
Minha carne se rasgou.
Ouvi você dizer
Que nunca me amou.

Hoje aqui nestes versos.
Meu coração eu entrego.
Espero que faça bom uso dele,
Pois eu não o quero.

Este sentimento desde o começo
Só me fez mal.
Tento me libertar dele agora
E viver como uma pessoa normal.

Meu estomago se revirou.
Minha carne se rasgou.
Mas aqui dentro ainda resta uma chama,
Que não se apagou.

Queria poder
Este amor esquecer.
Mas sei que só o esquecerei
Quando morrer.

5 comentários:

  1. Maravilhoso ! É verdade todos morreremos jovens, sem importar a idade ou a quantidade de amores vividos, sempre poderia ser um pouco mais dos dois.

    ResponderExcluir
  2. Bela poesia..Parabéns pelo blog !!!

    ResponderExcluir
  3. É realmente triste, mas é verdade. Adorei. Continue assim.
    A poesia é linda e me fez lamentar. Meus parabéns.

    ResponderExcluir