domingo, 25 de agosto de 2013

Paradoxo



Vivo neste paradoxo.
Tempo e vazio.
Lembranças que deviam ser esquecidas.
É tudo relativo.

O tempo é algo imóvel
Mas, também fugitivo.
Invisível, mas que observamos toda hora.
Imóvel e correndo como um rio.

Ele separa, mas também une.
Faz lembrar e esquecer.
Alivia as dores e também pune.
Ele é o nascer e o morrer.

O tempo no baile da vida, nos tira pra dançar.
É um calor que foge para o frio.
É matéria e no instante seguinte,
É somente o vazio.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

No Fundo do Poço

No fundo do poço, vi o evangelho para os que caíram.
Todos dormiam profundamente, imersos em suas filosofias.
Fragmentos de memórias.

Ouve o som?

Não adianta ranger os dentes.
Tudo conspira contra as probabilidades
E é por isso que estou indo.

Indo.

Olhar para frente é tão difícil.
Pois palavras não são boas o suficiente para curar as cicatrizes.
Olho ao redor e vejo tudo desmoronando
Você e eu estávamos destinados a não ficar juntos.

No fundo do poço vi o evangelho para os que caíram.
Os vagabundos, os inúteis, todos aqueles que confessaram seus pecados.
Todos impostores.

E agora estou indo...
Antes que o resto do meu mundo desmorone.

domingo, 11 de agosto de 2013

Vícios e Incertezas



No caminho me perdi
Nesta perda eu me encontrei.
As estradas que percorri,
Nunca mais voltei.

Perdas e ganhos
Cacos pelo caminho
Encontros e desencontros
Acompanhado ou sozinho?

Nada do que foi é mais como antes
Tudo se transformou no dia em que me perdi.
A vida mudou seu sentido
No dia que chorando, eu caí.

Fui e voltei do inferno
Este foi o caminho que percorri.
Lá, vi tudo de bom que havia nos outros
E tudo de ruim que havia em mim.

Do fogo eu me levantei
O Rafael que era antes se perdeu.
Hoje, sou uma mescla bizarra dos que ao meu lado caminharam
Naquele fogo minha natureza se perdeu.

Tudo de bom que as pessoas achavam em si mesmas
Estes vícios que as atormentavam.
Hoje estão todos comigo
Caminham ao meu lado.

Vícios e incertezas
Qualidades e defeitos adquiridos.
Nestes anos de caminhada
Nestes anos de relacionamentos perdidos.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Escolhi a Solidão



Dar o sentimento
E o destruir.
Assistir lentamente
Teu mundo cair.

Eu vi o reflexo do futuro
E ele é ruim.
Vi aquilo que era belo se tornar imundo
E a sujeira toda está em mim.

Eu tive medo de mudar
Tenho a mania de construir o mundo ao redor dos outros.
Agora tenho meus receios pra testar
E todos eles estão no matadouro.

O tempo está passando e eu envelhecendo
Aquilo que era colorido, aos poucos perdeu a cor.
Por fora sou sorrisos, mas por dentro estou ardendo.
Onde foi parar aquele amor?

Dei o sentimento.
O destrui.
Joguei tudo ao vento.
E agora, estou aqui...

Sozinho!
E isso, eu que escolhi.