segunda-feira, 30 de abril de 2012
Chuva de Vida
domingo, 29 de abril de 2012
Todos Morremos Jovens
Arrisco minha alma
Testo minha vida.
Gasto meu tempo,
Numa longa partida.
A vida é isso.
Um grande jogo.
Que só paramos de jogar
Quando se está morto.
Deixo o rio fluir
Pelas minhas mãos calejadas.
Ouço o povo gritar
E me atacar com pedradas.
Meu estômago revira
Minha carne se rasga.
Como nós destruimos um sonho
Com somente uma tacada.
Eu vivi amedrontado.
E ainda estou.
Choro no silencio da noite,
Lembrando que nada restou.
Uma vez alguém me disse,
Que todos juntos seguiremos.
Mas a única certeza que tenho
É de que sozinhos morreremos.
Arrisquei minha alma.
Testei minha vida.
Num sentimento não correspondido
Perdi a partida.
Como um soldado
Que sempre recebe ordens.
Vivo minha vida com uma certeza:
Todos morremos jovens.
Deixei o rio fluir.
Minha carne se rasgou.
Ouvi você dizer
Que nunca me amou.
Hoje aqui nestes versos.
Meu coração eu entrego.
Espero que faça bom uso dele,
Pois eu não o quero.
Este sentimento desde o começo
Só me fez mal.
Tento me libertar dele agora
E viver como uma pessoa normal.
Meu estomago se revirou.
Minha carne se rasgou.
Mas aqui dentro ainda resta uma chama,
Que não se apagou.
Queria poder
Este amor esquecer.
Mas sei que só o esquecerei
Quando morrer.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Nostalgia
O tempo passa e vou ficando velho
Vejo que hoje sou bem mais sério.
Sinto saudades de um tempo que passou
Onde eu era quem era e não quem hoje sou.
Sinto falta daquela criança
Feliz e cheia de esperança.
Andando descalça com os pés no chão
Pulando muros com perfeição.
As eras do mundo estão girando
O futuro chegando então.
Vejo que hoje estou ficando velho
E assisto minha vida passar em vão.
Sinto saudades daquele tempo.
Tão rico de momentos.
Que pena que já passou
E nesta nostalgia me deixou.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Saudade Sem Fim
Em um vaso de barro
Eu vi bromélias.
Que orvalhavam saudade no jardim.
Ah como queria ajudar a bromélia.
Mas a saudade dela não tem fim.
Olho pra aquela tristeza e penso:
Será que um dia ficarei assim?
Saudade é algo que virá pra todos.
Tanto pra você, quanto pra mim.
A bromélia chora todas as manhãs,
Pela saudade que ela sente.
O orvalho vai caindo, vai caindo.
Bem lentamente.
A vida vai seguindo e a bromélia
Ainda está naquele jardim.
Chorando aquela saudade imensa.
Que jamais vai ter um fim.
terça-feira, 24 de abril de 2012
É Tempo de Mudança
Num mundo de névoa
Estamos vivendo.
Tudo acontece
E ninguém está vendo.
Onde a vida começa?
Onde ela termina?
Tenho tantas perguntas
E pouco tempo de vida.
Onde está a verdade?
Onde ela se escondeu?
Tem muitos que fazem estas perguntas.
Mas ninguém as respondeu.
O mundo está doente.
Nós estamos perdidos.
Estamos vivos sim.
Mas realmente temos vivido?
Somos todos escravos
Mesmo pondo fim a escravidão.
Morremos por dinheiro
E vivemos em vão.
A vida se resume à isso?
Viver para trabalhar e morrer?
Esta é a única pergunta
Que jamais vão responder.
Queria de alguma forma
Este mundo capitalista mudar.
Mas ninguém consegue sozinho,
Sem outros pra apoiar.
Já é tempo de mudança
O mundo precisa gritar.
Vamos todos fazer nossa parte
E o mundo tentar mudar.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Viver o Agora Enquanto o Amanhã Não Vem
Há pessoas,
Que ficam a mercê do tempo.
Como se fossem donos da razão
E de todo conhecimento.
Pensam em ir devagar,
A pressa é inimiga da perfeição.
Podendo naufragar,
Dependendo da decisão.
Há aqueles,
Que ainda estão esperando.
Um sinal para apostar tudo,
Naqueles que estão amando.
Num mundo imaginário.
Se fazem campeões.
De Guerras e Castelos
E de grandes paixões.
Rabiscam os sonhos
Que na infancia tiveram.
Culpam o tempo,
Por oportunidades que nunca houveram.
O tempo nunca foi,
Dono da razão.
Quando tiver que fazer algo,
Faça de coração.
Se é pra acontecer.
Deixe que aconteça.
Faça o seu melhor,
Não se arrependa.
Não podemos desvendar o futuro.
Mudar o que não aconteceu.
O que podemos é viver o agora.
Não o que no tempo se perdeu.
A vida é uma peça de teatro
Cheia de momentos.
Por isso encarne o personagem
E viva sem arrependimentos.
Não se torne escravo do ontem.
Nem pense no depois.
Não fique preso no que poderia ter sido
E nem no que nunca foi.
domingo, 22 de abril de 2012
Descartes do Cotidiano
Lixo do mesmo.
Descartes do cotidiano.
Porcarias constantes,
Que vão se renovando.
Burguesia manipuladora.
Dos pobres mortais.
Usando programas,
Pra conseguir seus ideais.
A televisão manipula,
Noventa por cento da população.
Por falta de cultura,
E também de opção.
Os políticos fazem,
Lavagem cerebral na nação.
Usando Reality Show.
Para lhes tirar a atenção.
Enquanto você ri,
Do escândalo alheio.
O político faz o quer,
Nos jogando à escanteio.
Por isso, povo brasileiro
Vamos acordar.
Parar de ser imbecis,
Deixando os políticos roubar.
Ao invés de ligar a tv,
De hoje em diante.
Procure se instruir,
Pelo menos o bastante.
E na próxima eleição,
Antes de votar.
Saberá quem vale a pena.
E os que só vão roubar.
sábado, 21 de abril de 2012
Ninguém tem Medo
Ninguém tem medo de altura.
Tem medo de cair.
Ninguém tem medo de quando chega,
Tem medo do partir.
Ninguém tem medo do escuro.
Tem medo do que nele está.
Ninguém tem medo de conhecer pessoas.
Tem medo de as amar.
Ninguém tem medo de gostar.
Tem medo de parecer idiota.
Ninguém tem medo de dizer 'eu te amo'
Tem medo é da resposta.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Amor pra Vida Toda
Quando penso no amor.
Penso em algo forte.
Um sentimento que leva à loucura.
E também à morte.
O amor é um sentimento,
Que fere e faz doer.
E faz aquele que ama,
Lentamente perecer.
Quem nunca sentiu
Falta de quem se ama.
Não sabe a dor que é
Quando a saudade chama.
Quem nunca sentiu
O coração disparado.
Jamais vai entender o que é
Ter a pessoa amada ao lado.
Gostaria que todos
Pudessem sentir.
Ter um amor pra toda vida
E por conta dele sorrir.
Porém não se engane,
Com a beleza do amor.
Pois com ele vem a alegria
E a tristeza da dor.
Mais vale a pena,
Por amor ter chorado.
Do que viver pro resto da vida,
Sem ter ninguém ao lado.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Obstáculos e Vitória.
A vida é um conto de fadas.
Desde que nascemos,
Porém esquecemos disso,
Quando crescemos.
Bruxas e vilões.
Tentam sempre nos vencer.
Tirar-nos o final
Nos fazendo entristecer.
Duendes e fadas
Pelo caminho estão
Nos arremessando charadas
Para vencer o vilão.
Viver um conto.
As vezes, as avessas.
Encontrar um motivo,
Para uma vida feliz e travessa.
Ali se espalham,
Muitos espinhos.
Estão sempre ali,
Bloqueando o caminho.
Vencer o dragão.
Destruir o mal pela raiz.
Chorar no salão,
Ao encontrar o final feliz.
Por mais que o caminho seja difícil.
E não tenha conseguido a vitória.
Erga a cabeça e siga em frente.
Você sempre pode mudar sua história
terça-feira, 17 de abril de 2012
Me Perdendo em Mim
Estou me escondendo.
Meus pecados estão à mostra.
Busco uma saída.
Mas onde está a porta?
Encontrei com a realidade.
Aquela que nunca muda.
Apenas vejo o sangue escorrer,
Por estas ruas imundas.
Aguardo a mudança.
Assim como a noite anseia pelo dia.
Mas tudo é escuridão.
Tenho um sol que nunca brilha.
Não vejo mais nada,
Acabei me perdendo.
Dentro de mim mesmo
E agora estou morrendo.
Se um dia me encontrar,
Numa das imundas valas, jogado.
Diga à todos que morri sim,
Mas não sem ter lutado
Erguer a Voz
Nada do que foi
Volta novamente.
Tudo se perdeu,
Na névoa dormente.
Um mundo imaginário,
Nos faz sonhar.
Porém a dura realidade,
Torna impossível acreditar.
Nosso mundo está perdido.
E há muito derrotado.
Homem de bem vira bandido,
Pondo os princípios de lado.
Grande prova disso,
Na politica está.
Deveriam lutar pelo povo,
Mas todos se põem a roubar.
As vezes seria melhor,
Em heróis acreditar.
Um homem que luta pelo bem,
E dos ricos venha a tirar.
O povo sofre diariamente,
Pois não tem quem por ele lute.
Acreditam em qualquer político,
Depois fingem não sentir o chute.
Todos precisam entender,
Que juntos são mais fortes.
Têm que erguer a voz e gritar:
Independência ou Morte.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Para Sempre Viajantes
O tempo passa.
Nem tudo fica.
O que se move
Chamamos vida.
Tem sido um tempo estranho.
Frio e quente.
Parece que faz anos
Mas o tempo passa lentamente.
Olho a casa onde nascemos.
Quando ao mundo fomos jogados,
Como um cachorro sem osso.
Como um gato abandonado.
Somos para sempre viajantes.
Nesta longa estrada.
Em uma bela manhã
Crescemos animados.
Chegamos a idade adulta
E para os problemas somos arrastados.
Crescer, Crescer.
Será este o problema oculto?
Quando deixamos a infância.
Pra se tornar adulto.
Quando seus filhos estiverem sorrindo.
Deixe-os brincar.
Pois logo a alegria acaba.
E com trabalho passam a se preocupar.
Somos para sempre viajantes.
Nesta longa estrada.
Somos para sempre crianças
Em uma jornada.
O tempo passa.
E nem tudo fica.
Tudo o que passamos,
Ah, é a vida. É a vida.
domingo, 15 de abril de 2012
Lágrimas Escuras
Lágrimas escuras.
No meio da noite.
O travesseiro é sempre a testemunha.
Do que mais ninguém pode saber.
Ouvindo os pensamentos.
Secando as lágrimas que por ele escorrem.
Sendo um fiel confidente,
De tudo de bom e ruim que acontece.
Lágrimas escuras.
Derramadas todas as noites.
Lágrimas que mostram tudo o que sentimos.
Tudo o que queremos esconder.
Me sinto tão seguro.
Quando estou chorando.
E estas lágrimas escuras.
O travesseiro vai secando.
Uma Porta no Escuro
Uma porta no escuro.
Quarto isolado.
Sentimento profundo.
Para sempre lacrado.
Quarto sombrio.
Envolto em sombras.
Sentimento de solidão.
E de eterna desonra.
O tic tac do relógio.
Me faz pensar na aurora.
É o tempo, é o tempo.
Levando a tristeza embora.
O sol pela janela vai surgindo.
Iluminando aquela porta.
Vai subindo, vai subindo.
Fazendo a tristeza ir embora.
Uma porta no escuro.
Me faz lembrar.
Que nesta vida você vai sorrir.
Ah, mas também vai chorar.
O tic tac do relógio.
Está me lembrando.
Que é tempo de sorrir.
E não ficar se lamentando.
Olho para o lugar,
Onde a porta ainda descansa.
Penso no lugar escuro.
Mas é só lembrança, só lembrança.
sábado, 14 de abril de 2012
A Lenda de Ana e o Mar
A água vai e volta.
Lá, onde ela vai se molhar.
O sol ilumina a paisagem,
Subindo e subindo devagar.
O vento sopra levemente,
Vindo anunciar.
É dia de casamento.
Ana vai se casar.
Ana tem uma triste história.
Que é esta que vou contar.
Cheia de encontros e desencontros.
E todos envolvendo o mar.
Quando nasceu, perdeu a mãe
E seu pai sozinho a criou.
Cresceu sem nenhum amigo.
Cresceu sem nenhum amor.
Um dia ao amanhecer
Pela areia a caminhar.
no aniversário de cinco anos,
Ana conheceu o mar.
Ali naquele dia
Uma amizade começou.
Porém o que Ana não imaginava
É que o mar, por ela se apaixonou.
O tempo foi passando
E Ana cresceu.
E conheceu Tiago,
No dia que o pai morreu.
Sozinha no mundo
Sem ninguém pra se apoiar.
Ana se apaixonou por Tiago
E com ele jurou casar.
Era dia de São Pedro
Quando Ana contou ao mar.
Que apaixonada por Tiago estava
E com ele ia se casar.
Uma fúria tomou conta dele.
Quando ela revelou.
E em desespero ele recorreu à lua,
Para devolver-lhe seu amor.
A lua pensativa,
O desejo do amigo realizou.
Mas não antes de advertí-lo,
Sobre as consequencias do que desejou.
Na noite antes do casamento,
Tiago à uma festa se dirigiu.
E na volta para casa,
Uma canção o atraiu.
Uma bela mulher vestida de preto,
Cantando no meio do mar estava.
E tiago atraido por ela,
Mal percebeu que se afogava.
Ana acordou cedo,
E começou a se arrumar.
O casamento era no início da noite,
E precisava se embelezar.
O relógio correu rápido,
Fazendo o tempo girar.
Como se ele quisesse,
As horas apressar.
Na hora do casamento,
Ana até o altar se dirigiu.
Mas Tiago não estava lá.
As mulheres diziam: ele fugiu.
No altar vestida de noiva,
Ana começou a chorar.
E seu desespero se tornou maior,
Quando um menino entrou na capela a gritar.
Ele está Morto.
É o que ele dizia.
Sem acreditar nele,
Ana saiu da capela e na chuva corria.
Jogado na areia,
O corpo de Tiago estava.
Completamente deformado.
Parecendo que gritara, quando descobrira que se afogava.
Ana então percebeu,
Que o mar, dela o tirou.
E olhando para o amigo,
Ela o amaldiçoou.
A lua lentamente subia,
Como testemunha.
Daquela sinistra estória,
Que acabaria como ela supunha.
Ana correu mais rápido
Que qualquer um que a tentava impedir.
Correu até a 'Garganta do Diabo'
E lá se pôs a sorrir.
um grito ecoou pelo vale,
Mães começaram a chorar.
Quando Ana começou a dizer
Quando Ana começou a gritar.
"Levaste meu amado.
Pensando que a mim teria.
Mas o que jamais pensaste,
É que sem Tiago eu não viveria."
Ana saltou do penhasco
E contra as rochas bateu.
O mar pareceu agitado,
Quando em suas águas Ana morreu.
A velha senhora da ilha,
No enterro de Ana e Tiago compareceu,
Dizendo belas palavras.
Sobre tudo o que aconteceu.
Se desejas algo,
Haja corretamente.
Se perder o que queria,
Sorria alegremente.
Não tente destruir aquilo,
Que as pessoas chamam de amor.
Pois tudo que lhe restará no fim,
É uma infinita dor.
Tiago morreu afogado.
Pois o mar se tornou mesquinho.
Ana morreu com ele,
Deixando o mar sozinho.
O castigo por sua crueldade,
Por duas almas inocentes matar.
É ter os dois amantes,
Vivendo felizes para sempre, em suas águas no mar.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Mesmos Erros
Caminhos diferentes.
Suntuoso e delicado.
Um acompanha o outro.
Sem nunca estar ao lado.
Desvios relevantes.
Seguem pelo caminho.
Fazendo o caminhante,
Descobrir que está sozinho.
Mundos flutuantes.
Muros de espinhos.
Pedras rolantes.
Sentimentos mesquinhos.
Dois são dois,
Mas também é um.
Sempre tem aquele,
Que não vai a lugar nenhum.
Um é um.
E jamais é dois.
Quando tudo nessa vida,
Fica pra depois.
Caminhos diferentes
E ao mesmo tempo cruzados.
Torturando o casal,
Que jamais olha para o lado.
Comungam juntos o desapego.
Que acumulam com o tempo.
Porque sempre cometem os mesmos erros?
Mesmos erros.
Mesmos erros.
Erros cometidos,
Numa escala sem fim.
Fazendo o que era amor.
Se tornar ódio em mim.
Coisas que Encontramos no Caminho
Existia um poema, no meio do caminho.
Eram versos de estiagem
Que cairam da bagagem,
Do pensar que aqui passou.
Os versos eram uma mensagem,
Que cairam na viagem
De um coração sonhador.
Eram versos de tropeço
Que rolaram no começo
De outra estrada que se abria.
Eram versos de endereço
E sobrenomes, não esqueço
Dos que conheci na via.
E havia um Poema que era
E era O Poema que havia.
Um Poema angular que ouvia.
De uns versos que ninguém via.
Até se encontar o caminho
E eu compreender que existia.
Outros podem ver O Poema,
Se passarem por mim um dia.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Dias de Cão
Nunca há pra onde fugir.
Não adianta se esconder nos cantos.
Ou até debaixo da cama.
Sempre vamos ao seu encontro.
Dias de cão são parte de nós.
São eles que tentam nos derrubar.
A felicidade é um trem desgovernado.
Procurando desesperadamente uma forma de sair dos trilhos
Para atropelar à todos que estão à sua frente.
Rápida como uma bala.
Do mesmo jeito que à vê, antes mesmo que perceba
Poof
A Felicidade se foi.
Dias de cão são parte de nós.
Tentando desesperadamente nos derrubar.
Não adianta fugir.
Nem mesmo correr.
Se ele te derrubar, lute pra levantar.
Se mesmo assim ainda cair, aprenda a engatinhar.
E se mesmo isso não funcionar, role por cima de tudo.
Dias de cão são parte de nós.
O que nos resta é aprender, a pôr uma coleira neles.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Mudar pra Melhor
Chega um momento,
Que é preciso jogar tudo para o alto.
Abandonar as roupas usadas.
Este é o tempo da mudança.
A mudança da alma.
Muitos têm medo da mudança.
Mas e se as coisas nunca mudassem?
Qual o sentido de tudo?
Nascer e morrer da mesma forma, sem nenhuma forma de evolução de cárater.
Abandonar e mudar.
Não me sinto mudar.
Pelo menos nunca mudei em algo que pudesse ser fácil perceber.
Ontem eu era o mesmo que sou hoje.
O tempo muda.
O mundo é composto somente por mudanças.
A mudança, aos meus olhos, é a maior lei da vida.
E aqueles que nunca a verão dessa forma,
Passarão o resto de suas vidas preocupados com o passado,
E irão perder o futuro.
Sempre estive aqui,
E nunca nem ao menos tentei
Mudar de verdade.
Queria poder me ver como os outros veem.
Somente quando entender quem realmente sou,
Poderei finalmente ver o que pode ser feito.
Pra jogar tudo pro alto
Pra ser uma pessoa melhor.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Cicatrizes da Alma
No corpo, mormente,
Expomos as marcas dos ferimentos,
Dos danos, fatais momentos,
Que, às vezes, vivenciamos.
Os machucados reais
Ou eventos inocentes,
Feridas inconseqüentes,
Sofrendo ou não, relembramos.
Mas existe um tipo amargo
De marcas que vão ao fundo,
São as tristezas do mundo,
Injustiças que passamos,
São amores que perdemos
Ou nódoas da consciência
Quando nós, por negligência,
A outrem prejudicamos.
Nos caminhos da existência,
Estas mais duras feridas
Calcadas em nossas vidas,
Que nos abalam a calma,
Formam tensas provações,
Calam mais forte na gente,
São os algozes da mente,
São cicatrizes da alma...
As cicatrizes do corpo
Mais fáceis de controlar,
São passíveis de operar
Ou de tê-las maquiadas...
Porém dores metafísicas
Difíceis de disfarçar,
Teimam em atormentar
As almas fragilizadas...
Essas mágoas do espírito,
De um sofrer inconfundível,
Nem sempre me foi possível
Extirpar pelas raízes...
Então sigo meu caminho,
Longa estrada a percorrer,
Aprendendo a conviver
Com as minhas cicatrizes...
domingo, 8 de abril de 2012
Ir Pra Longe
Quero ir pra longe.
Um lugar só meu.
E o tempo possa me acompanhar, me ver crescer.
Quero buscar um pouco de loucura.
Pra te ver caindo antes que eu levante.
Nunca sei se posso andar por cima das suas pegadas, sem me equilibrar fora da sua linha.
Queria ir pra bem longe.
Pra um lugar que fosse só meu.
Um lugar onde tudo era da maneira que tem que ser.
Não este lugar onde o céu borbulha.
Onde o filme se repete todos os dias.
Um filme que nunca termina.
Queria rasgar as nuvens pra apagar,
Esse quadro que nunca muda.
Este filme que não termina...
sábado, 7 de abril de 2012
Não Me Arrependo de Nada
Nada.
Não me arrependo de nada.
O que está feito, tá feito.
Consumado, varrido, esquecido.
Não importa o passado.
Lembranças acendem o fogo da mágoa.
O bem que me fizeram.
O mal que me desejaram.
Lembranças são ruins.
Não preciso mais delas.
Não me arrependo de nada.
Tudo o que passou foi esquecido e varrido.
Pois, minha vida começa toda vez que acordo.
Se prender no que passou é deixar de viver.
Esqueça de tudo.
Abandone as memórias de todos os que te fizeram mal.
Acorde todos os dias renovado.
Não se arrependa de nada.
Cada erro é um acerto.
E cada acerto é um caminho aberto para errar.
Vamos varrer os amores.
Expurgar os temores.
Apagar o passado.
Nada de nada.
Não me arrependo de nada.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Perfeição Não Existe
Ninguém é perfeito.
Exceto é claro, aos olhos da mãe.
Eu persegui todos os meus demônios.
Tudo é complicado.
Cavei fundo até conseguir sair.
Me perdi em meio à várias decisões ruins.
Bom, ninguém é perfeito.
Sempre seguimos caminhos errados.
Minha caverna chegou à uma imensidão escura.
Nenhuma luz.
Silêncio.
Cavei fundo demais e me perdi.
Em meio à escuridão do meu desespero,
Tentei encontrar o caminho da saída.
Tudo o que consegui foi voltar por onde vim.
Em meio à escuridão,
Tudo que era visível para mim,
Era minha própria vida.
O que passou.
O que estava vivendo.
O que ainda estava por vir.
Quando estamos parados em frente ao abismo,
É como se alguém gritasse em seus ouvidos:
Olhe para trás.
E quando você olha,
Você pula da sanidade pra loucura em questão de segundos.
É quando o que você achava que era o fundo,
Era somente um apoio para que você tentasse pular de volta para cima.
E quando você cai,
E se molha na poça do seu próprio desespero.
Tudo muda.
A vida se desnuda.
E a morte mais que nunca, se fortalece.
Uma vez no fundo,
Encontrar o caminho de volta é complicado.
Eu persegui os meus demônios.
Fui mal compreendido, escurraçado, deslocado.
Quando jogarem um tijolo em você,
Não faça como os outros e taque de volta.
Guarde-o.
Ele será parte da sua muralha.
É com tudo o que jogaram em mim,
Que hoje eu me defendo.
Ninguém é perfeito.
Nem eu.
Nem você.
Ninguém.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Depois de um Tempo
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam? E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la?
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam?
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa? por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo? mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão? e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens?
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém?
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar.
Que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Viver a Vida dos Outros
Viver a vida dos outros nunca é fácil.
Perder suas vontades e fazer somente o que o outro quer.
As vezes tenho vontade de gritar.
As vezes tenho vontade de fugir.
Tudo o que eu realmente queria era ser eu, novamente.
E esquecer esse arremedo de ser humano em que me tornei.
Levante-se e siga.
Fácil falar.
Difícil na prática.
Às vezes, quando caímos perdemos a vontade de tudo.
E o mais difícil não é levantar.
E sim, arranjar forças pra fazê-lo.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Os Pedaços de Mim
Olhando para o chão
Vendo os pedaços de mim mesmo esparramados
Esperando que alguém descubra as peças certas
No emaranhado de emoções.
São amores
Desilusões
Perdas
Alegrias
Tristezas
Tudo junto
Misturado.
Você é a razão.
Eu sou desigual.
Olho para os pedaços de mim
E não vejo nada além de pedaços.
Você olha para mim e me vê inteiro.
Queria colocar tanta fé em mim
Da maneira que as pessoas o fazem.
Olho para o chão e vejo os cacos decadentes de uma vida sem futuro.
Fico olhando atentamente para os pedaços esparramados.
Sangue e Lágrimas misturados em meio ao caos e desespero.
Uma pergunta ecoa pelo salão de cacos
Há uma chance para o futuro?
E em meio ao caos, uma resposta retorna.
Nunca houve uma chance para o futuro.
Exceto a crença de um tolo.
E a crença em algo, pode fazer toda a diferença do mundo.
Os cacos de mim mesmo estão espalhados pelo chão.
Esperando que em meio ao caos
Eu consiga encontrar forças para juntá-los
E acreditar finalmente, que possa existir um final feliz.
Que possa existir uma vida melhor.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Despeça-se de Tudo
Deseje-me sorte.
Daqui para frente o caminho é difícil.
Mais difícil do que já foi um dia.
Minhas mãos estão geladas.
Estou de joelhos procurando a resposta.
Apresento aqui meu respeito à graça e a virtude.
Envio minhas condolências para o bem e ao romance.
Eles fizeram o melhor que podiam.
E aguentaram firme.
Estou de joelhos buscando a resposta.
Porque as coisas estão da maneira que estão?
São tantas perguntas.
Nenhuma resposta.
Onde irão as crianças?
Onde irão as lágrimas?
Quando o céu escurecer e não tiver mais como voltar atrás, o que faremos?
Daqui pra frente o caminho é mais difícil.
E deixo aqui minhas condolências à tudo o que já existiu um dia. E que por egoísmo e negligência nossa, simplesmente deixou ou ainda deixará de existir.
O que nós somos?
Humanos ou Monstros?
Deseje sorte a você à todos nós.
Daqui pra frente o caminho é mais difícil.
Estou de joelhos procurando a resposta.
Minhas mãos estão geladas.
O mundo parece girar mais rápido.
Pergunte-se o que fizemos.
Ajoelhe-se comigo e busque ao menos um raio de esperança.
Ajoelhe-se e preste seu respeito à tudo o que já destruímos desde o início dos tempos.
Feche seus olhos.
Limpe seu coração.
Dê adeus a tudo.
Despeça-se de todos.
O fim do mundo está chegando.
E sim, você ajudou para que isso acontecesse.
Agora sente-se e assista à tudo.
Feche seus olhos e limpe seu coração.
Busque as respostas.
Encontre as perguntas.
São tantas perguntas.
Mas são poucos os que a fazem.
E menos ainda... os que as respondem.
domingo, 1 de abril de 2012
Procurando Você
Há algo que não posso descrever
Está aqui, mas você não pode ver.
Vai muito além da esperança
Algo está prestes a acontecer.
Quando tenho medos
Me isolo neste caderno
Em contos onde serei eterno.
E quando estou sozinho
Mergulho dentro de mim mesmo
Procurando você.
Haverá bastante esperança
Quando tiver confiança.
Algo ainda irá acontecer
Representado nesta aliança.
Quando tenho medos
Me isolo neste caderno
Em contos onde serei eterno.
E quando estou sozinho
Mergulho dentro de mim mesmo
Procurando você.
Neste oceano infinito que sou
Não sei em qual golfinho você se tornou
O que me guia para a costa
Ou o que amarra meus pés com a rocha...
Reviv a ratlov arap
Ecov odnarucorp.